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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Descanso, silêncio e sussurro

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Sempre fui questionadora. Ultimamente ando mais. Nos meus últimos três anos um dos meus mais sérios questionamentos tem versado sobre o MANDAMENTO DO DESCANSO. Os cristãos, em especial os evangélicos, sofrem de ativismo compulsivo. Eles acham que trabalhando incessantemente e sem descansar estão agradando a Deus. Vivem como se fosse pecado parar, repousar, cessar a atividade. Obrigamos nosso corpo (o Templo do Espírito Santo) a viver um ritmo para o qual Deus não o criou. Ficamos doentes, nosso sono se agita, as doenças psicossomáticas invadem o Templo, perdemos o discernimento e oferecemos a Deus um coração ardente revestido de um corpo arrebentado, mal cuidado, maltratado, desgastado, irritado, saturado.  O mais difícil é convencer um cristão fervoroso de que isso  não é oferta de primícia como ele pensa, ao contrário, é oferta de quinta categoria.. O ser humano entra em atividade frenética, num ritmo de locomotiva desembestada, suicida, porque tem medo de parar. Tem medo de f

Josiane

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Ah, menina! Teu olhar tristonho, tua barriga inchada, teu cabelo troncho, tua roupa suja, pedindo um sorvete, ali ao meu lado,  me fez chorar o coração Ah, menina! Tua fome de afeto, tua pergunta pela batata, tua decepção com o preço, tua vergonha de si, tua certeza de não ser nada, ali ao meu lado, arrebentou meu coração. Ah, menina! Tu pagaste teu sorvete, e eu paguei tua batata,  para te reter por um minuto, e te olhar nos olhos mostrando a ternura do Cristo que um dia ficou ao meu lado, e me curou o coração. No balcão daquele fastfood Minhas entranhas se contorceram Era Cristo amando você. Josiane, não use mais crack, Deus quer lhe fazer feliz. Vem para minha tribo! A gente vai cuidar de você. Toma aqui sua batata, mas cuidado com a gordura, seu estômago não está forte. Se precisar de nossa ajuda, já sabe onde  encontrar. Dedicado à Josiane, uma menina da rua, aqui na Tijuca,  uns 15 anos de ida

Querer te amar

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Ganhei essa música da Bia Pimentinha (Pimentel). Carol Gualberto - Querer Te Amar. Poesia lindíssima, que expressa um tanto do mundo de emoções e aspirações espirituais que tenho com meu Jesus. Se você quer saber o que acontece nos meus retiros, tá aqui, compartilho. Quero a simplicidade do café com pão Quero a sinceridade do sim, sim, não, não Quero a pedagogia de querer crescer Quero a filosofia de saber viver Quero a facilidade de deitar, dormir Quero integridade de não me omitir Quero a gastronomia de expe rimentar Quero teologia que me faz sangrar Com os olhos marejados de espanto  no meu canto de silêncio e adoração ao saber que a vida é tanto, tanto,contemplação! Misterio do milagre do Cristo Que eu resisto que eu insisto em não imitar É por isso que eu quero a graça de querer Te amar Quero a generosidade de estender a mão Quero a criatividade de fazer canção Quero a sabedoria de me conhecer Quero a Tua companhia quando

Santuário

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O respirar da tua graça Me invade com imagem dos teus olhos, Jesus Meu corpo, teu santuário, limpo está para tua visitação. Inspirado teu sopro  nada faço em minhas entranhas  além de suspirar tua essência divina, linda e graciosa, que me preenche de paz e serenidade, e da confiança que tua mão segura me traz. Na Rocha me escondo e sou, Jesus, novamente tua.

Dois Haikais: Desabrochar e Exuberância

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Desabrochar: A roda da vida girou. Flor - brotou, botão - abriu, perfume - exalou, em volta encantou. Só - ficou, envelheceu - murchou, caiu - morreu. Exuberância: Água passou, semente levou. No solo agarrou, morreu; brotou floresceu, em volta encantou. Perfume voltou e na memória ficou.   A vida é um constante desabrochar. Que perfume exalamos para os que passeiam entre nós?  Estamos marcando esta passagem pela ternura do florescer? Qual é a exuberância do meu desabrochar? Será esquecido ou na memória ficará?