ROMANTISMO - LÍRIO

O romantismo que em mim existe
me faz olhar a vida com esperança
a sarar as dores com rapidez
a fim de não perder nenhum momento
do tempo bom que começa hoje.

O romantismo que em mim reside
é uma doença incurável
mas não posso dizer que ele é mau nem chamá-lo de mal
ele é bom, ele é bem!

Ele me leva a regar flores
plantar jardins
cultivar amores
cheirar jasmins
acariciar hortênsias
a ter a coragem do alecrim,
mas finca-me na terra
qual lírio belo, perfumado e forte
evocando do meu nome
aquilo que Lília deve ser


E por falar em Lírio, lembrei de você
poema-irmão-mais-velho
Um lúcido déjà vu de anos passados
que resignifica minha existência:                                                                     2009



Lírio
Flor do campo, flor selvagem,
Folhas verdes muito escuras
Pétalas brancas intensamente perfumadas.
Com tua brancura ornamentas a rebeldia da relva
Teu caule é firme, esguio;
És ao mesmo tempo delicada e forte
Quem tenta te arrancar pela raiz surpreso ficará
Ao ver que, ao invés de morta, renasceste no mesmo lugar.

Lília
Flor da vida, flor selvagem;
Carne desejável muito gostosa
Pétalas macias inconfundivelmente perfumadas
Com tua cor negra ornamentas a rebeldia da humanidade
Tua estrutura é esbelta, inabalável;
És ao mesmo tempo delicada e forte
Quem tenta te matar pela raiz surpreso ficará
Ao ver que, ao invés de morta, recomeças do mesmo lugar.                                                        2005

Comentários

Marcos Vichi disse…
Olá Lilia!

Bonito poema!!! Bom poder ler uma nova postagem no seu blog.

Deus te abençoe,

Beijos,

Marcos Vichi
Lília Marianno disse…
Vez ou outra coloco coisas novas e velhas aqui! e vc, por onde andas, sumido?

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