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Mostrando postagens de novembro, 2010

7 parágrafos sobre a alteridade

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Alteridade:  Estado ou qualidade do que é outro, distinto, diferente.   * Uns 20 anos atrás uma amiga falou-me a respeito da situação familiar de outra pessoa. Me chamou a atenção uma coisa que ela disse: "que coisa mais triste, aquela mulher não sabe ser amada. Não sabe receber carinho, a gente vai abraçá-la e ela fica toda rígida, como se tivesse levado um choque, não consegue fazer um movimento, nem sorrir, parece horrorizada". Me lembrei de algumas pessoas que conheci na estrada da vida, que não sabem receber amor. Em geral, elas têm uma imagem de si próprias tão ruim, e são tão mal resolvidas consigo mesmas, que quando alguém aparece dando amor deliberado, rasgado e descarado, a pessoa praticamente se sente ofendida, não sabe o que vai fazer com aquilo. Afinal, se nem ela se ama, como admitir que outros a amem? A falta de jeito para receber amor é tão grande que elas acabam se tornando indiferentes, quando não se tornam hostis ao amor doado. Obviamente terminaram afast

Lacrima

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O ser humano me emociona. Acabei de ver um filme velho aqui, chamado Tempo de Despertar. Dois atores que aplaudo de pé em qualquer trabalho: De Niro e Robin Williams. Já tinha assistido este filme várias vezes, mas ele sempre me emociona. E chorei de novo, em vários momentos por perceber que a bondade humana continua ali, plantada no coração. É só revirar a bagunça que a gente encontra o ser maravilhoso que o outro é. Aí passei por aqui rapidinho e vi as novas postagens do Thiago sobre o choro. Dá uma passadinha lá. ( Esse meu choro  e Bem aventurados os que choram  ) O choro é a seiva do coração rasgado, Ao se permitir fender, se abre; Ao se abrir, transparece; Ao transparecer, convida ao outro; Ao convidar, oferece morada. Neste encontro entre eu e o outro, Seja o outro, gente; seja o outro Deus, a gente conversa. E é no fluir desta conversa que a poesia se faz. .

Vovô Ernani

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Vô, conta pra mim a piada do sacristão?  Vô, vamos jogar o jogo da memória?  Vô, esse caracol aqui é o cocô do passarinho da sua gaiola!  Não,vô, avozinho mixuruca é o vovô do satanás. Vô, por que você tem essa birruguinha em baixo do braço? Vô canta pra mim a música do João-Dé? Vô, abunda é feio. Vô, eu não gosto de mão de velho. Vô, Papai Noel não existe! Thiago passou pela minha postagem anterior, deixou um comentário por lá e no fim ele me chamou de Liloca. Gente, esse nome me trouxe uma lembrança tão gostosa... me levou pra mais de 40 anos atrás... (paro por aí, rs), pois quem me chamava de Liloca era meu amado vovô Ernani. Bateu uma saudade tão grande dele que chegou doer. Resolvi escrever este texto em homenagem ao meu adorado vovô. Quanto mais o tempo passa mais eu percebo o quanto ele foi importante para mim. Ernani Dias da Silva,  diácono batista, natural de Santa Maria, em Campos, no norte do estado do RJ. Era alfaiate, neto de um chin

A Bíblia Sem Poeira

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Esses meus alunos... Hoje encontrei uma notinha no scrapbook do orkut, tá lá, meu aluno e primo, Fábio, divulgando o blog dos alunos da pós em exegese ( clique aqui ) , Pós que eu coordeno, e eu nem sabia de nada! Que arteiros! Aliás, essa de aluno-primo tenho que explicar. Quando a gente não tem família, mas tem clã, volta e meia sai tropeçando em parente em alguma parte do Brasil, que nem sabia que tinha. Então, numa dessas descobri que o Fábio era meu primo, isso foi quando cheguei na Igreja do Recreio, uns dez anos atrás. Depois mudamos de igrejas, cada um foi pra um canto diferente. Um belo dia, no ano passado, estou eu participando de uma banca numa outra Pós onde lecionei, quem aparece? Fábio, querendo estudar Bíblia. Mas que coincidência interessante! Logo comigo? Hehe, não prestou.  Agora ele é o guru informático da turma, aí fica inventando essas modas. Tá lindo o blog deles, são quatro alunos colaboradores: Cleverson, Samuel, Renata e o Fábio. Aqui na foto só ficou fa

Haikai: Alvorada

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Um coração que sofre, só chora, de dor, que dor! Uma alma que espera, só olha, com ardor para o alvor! Vem, manhã, por favor!