Ouça esta música enquanto lê este texto: Oh Come! Oh Come Emanuel - By Enya Manhã de quinta feira, 22 de dezembro de 2011 Estou sentada numa sala de espera aguardando chamado para um exame laboratorial. Da grande TV da sala, assisto à cobertura jornalística sobre o incêndio na Favela do Moinho, no centro velho de São Paulo. Em São Paulo as favelas são menos visíveis que no Rio. Não existem encostas de morro repletas de casas de gente pobre expostas para todos os turistas. Muitas favelas são cercadas por muros, pois foram construídas em terrenos baldios. Do lado de fora destes muros não se sabe que dentro deles há uma favela. Acompanho a cobertura jornalística pelas legendas em libras que vão sendo digitadas em tradução simultânea. Vejo gente pobre, que não tem emprego, sendo resgatada do fogo, quebrando os muros para transportar suas geladeiras e objetos pessoais e para permitir acesso aos bombeiros. Gente que construiu suas casas com o dinheiro do plástico e do papelão reco