Em terra de VICE, quem tem "olho" aprende a votar.
São Paulo, 31/08/2016. Data que me entristece. Vejo tanta gente falando do golpe de maneira pontual e desmemoriadas, como se 1964 fosse o único exemplo de golpe que enfrentamos na história, que fico bastante preocupada com o "para onde" esta ignorância histórica vai acabar nos levando, enquanto nação verde-e-amarela. Há exatos dois anos fui convidada para ministrar um devocional durante os encontros da Assembleia Anual da ABP, que traziam a memória dos "50 anos de ditadura". A Bíblia teve um espaço privilegiado numa das manhãs e lá estava eu. Estávamos às vésperas das eleições presidenciais, e eu tivera acesso, poucos dias antes, a uma "informação privilegiada" (e que nem era segredo), de que se Dilma Roussef fosse reeleita, as elites da direita, associadas com os militares, desencadeariam um novo golpe. Eduardo Campos ainda não tinha morrido no acidente aéreo. Marina era uma candidata a vice-presidência. Chamar uma biblista (engajada com a profe