Tapete de Nuvens
Lilia Dias Marianno Em 24/05/2008 (Entre Quito e Panamá) Estou voando sobre um grande tapete de nuvens. Sua brancura em contraste com o azul do céu me lembra: estou alto, muito alto. O horizonte mudou de namorada Não se deixa mais beijar pelas águas do oceano Apaixonou-se pelo oceano de fumaça a quem beija demoradamente A paz deste oceano branco me transporta Para um mundo perfeito onde não há dor Diferente daquele lá de baixo. Pobre mundo sofredor! Tão belo e tão conturbado! Nuvens... nuvens densas e esparsas Tranqüilas ou turbulentas Vocês me lembram os momentos da vida Tão belos e ternos! Tão turvos e densos Momentos que, assim como vocês, eles passam Momentos pelos quais, às vezes quem passa sou eu Como floquinhos de algodão Os filhotinhos de nuvens bailam diante dos meus olhos Acariciando minha alma risonha com o espetáculo Essas nuvenzinhas são aprendizes, Nem sempre a coreografia sai perfeita E elas me deixam ver um pouquinho do que deviam esconder Criancinhas sapecas que me mos