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Mostrando postagens de 2009

44a. celebração

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30/12/2009 - Hoje, às 13:25, completei 44 anos de vida! Então, se queres saber como eu estou me sentindo, veja este clip. É "minha cara" em dia de niver!  =D http://www.youtube.com/watch?v=SLY7yI1xV-M Começo o dia meio sonolenta e desafinada, afinal, não sou uma pessoa "da manhã" meu negócio é a noite, mas depois que a voz afina... ninguém me segura mais =D Eu já escrevi aqui, muito tempo atrás, que eu nunca entendi porque as pessoas gostam de esconder a idade. Pra quê? Pra fingir que não envelhecem (como se isto fosse possível!)? Que coisa mais tonta! Talvez seja pra tentar mentir pra si mesmo ou tentar abstrair a verdade nua e crua de que, a cada dia que passa, estamos mais perto da morte.  Falar de vida, para mim, sempre é falar, também, da morte. Lido com isso com muita tranquilidade. Por que alguns cristãos ainda sentem tanto medo de morrer? O primeiro e-mail que havia na minha caixa postal hoje pela manhã era de uma pessoa que nega a morte com

Ainda pensando no Natal...

Povo querido, quando chega esta época eu sempre quero escrever um texto caprichado pra vocês, mas os resíduos do semestre letivo ainda me controlam. Mas enquanto me desembargo das correções de provas e lançamentos de notas ainda estou pensando em Natal. Este ano, especialmente, minha atenção voltou-se para as pessoas impedidas de celebrar o natal por conta das guerras. Acho que é efeito de "Band of Brothers", a série produzida por Spielberg e Tom Hanks, que conta a história dos soldados da Cia Easy durante a 2a Guerra Mundial. Comprei o box duas semanas atrás assisti tudo em três dias. Essa companhia serviu desde a invasão da Normandia até o fim da guerra, sendo a cia que tomou o quartel general de Hitler na Áustria. Dos 10 episódios, o que me deixou mais impactada foi o que ocorreu no natal de 1944, quando subnutridos, mal agasalhados, sem munição,os heróis sobreviveram quase um mês na floresta nevada diante do pesadíssimo fogo cruzado da cidade que se renderia mais ta

ENTRE FLORES E FRUTOS

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Texto dedicado à turma de Teologia (turno da NOITE!),  formandos de 2010 da FABAT 15 de Dezembro de 2009 O tempo passa por nós, as pessoas passam por nós ... Mas nós também, passamos pelas pessoas e passamos pelo tempo... O que carregamos destas passagens? Apertos de mão? Esbarrões? Trombadas? Divergências? Discrepâncias? Desavenças? Interesse? Amizade? Parceria? Reflexão? Reconhecimento? Maturidade? Caules? Folhas? Espinhos ou Pétalas? Aceitação ou repulsão? Acolhida ou afastamento? Os encontros entre pessoas que se gostam deve ser comparado ao cultivo de um grande jardim-pomar com plantas, flores e árvores frutíferas variadas, cada uma com sua identidade, sua característica. Cuidar de jardins envolve sentir o aroma delicioso da terra molhada ... contemplar a alegria das folhas balançantes com o peso da água ... água da chuva que acabou de cair... Cuidar de jardins envolve remover a sujeira das folhas secas que a cada dia caem, oferecendo espaço pa

OS QUE PROTESTAM!

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TEXTO DEDICADO AOS FORMANDOS DO STBSB EM 2009, Escrito em junho de 2008, publicado só agora... Eu resolvi escrever-lhes para contar uma história. Uma história de uma turma que conheci aqui na Colina logo que cheguei. Bem... era uma turma muito esquisita. Na verdade não era uma turma, eram várias turmas dentro de uma: extrema direita, fundão, retaguarda central, centrão e o MST (Movimento dos Sem-Turma). Não se misturavam, alguns ainda não se misturam... Eu tenho 13 anos de docência no ensino superior e nunca tinha visto nada parecido. 5 turmas dentro de uma só, tinha vezes que eu pensava que eram 7 turmas, tamanha a fragmentação. "Professora me passa isso por e-mail pois eu sou representante da turma", disse um logo na primeira aula. No outro dia chegou outro: "professora queria pedir... como representante da turma". E nenhum dos dois era aquele que me fora apresentado como representante no primeiro dia!! E também não me apresentaram uma comissão de represe

TRIBUTO À ERLY

Ah, Erly... ainda te vejo chegando todas as manhãs torvelinhando a casa abrindo as janelas, sacudindo cortinas batendo as mantas nos sofás da sala ... Que alvoroço gostoso! Ah, Erly... ainda te ouço cantarolando na cozinha fazendo um cafezinho, fritando bolinhos de vagem com cenoura enchendo as garrafas  com cloro por causa do limo... Que cozinha apertada para nós duas! Ah, Erly... ainda sinto o cheiro da fumaça das folhas de amendoeiras que tu queimavas enquanto os maruins assombravas com aquela varreção no quintal, E o sudoeste batendo na costa da Marambaia ... Ah, Erly ... ainda te escuto ameaçando os meninos: "Samuel, Daniel, desce deste muro!  vai cair do outro lado e o jacaré vai te pegar!" Escuto a resposta deles: "Tia, aqui não tem jacaré! mentira é coisa do diabo!" E te vejo rindo, pelos cantos da casa repetindo as falas das crianças. Ah, Erly ... ainda me lembro dos teus olhos arregalados contrariando o olhar apert

ROMANTISMO - LÍRIO

O romantismo que em mim existe me faz olhar a vida com esperança a sarar as dores com rapidez a fim de não perder nenhum momento do tempo bom que começa hoje. O romantismo que em mim reside é uma doença incurável mas não posso dizer que ele é mau nem chamá-lo de mal ele é bom, ele é bem! Ele me leva a regar flores plantar jardins cultivar amores cheirar jasmins acariciar hortênsias a ter a coragem do alecrim, mas finca-me na terra qual lírio belo, perfumado e forte evocando do meu nome aquilo que Lília deve ser E por falar em Lírio, lembrei de você poema-irmão-mais-velho Um lúcido  déjà vu de anos passados que resignifica minha existência:                                                                     2009 Lírio Flor do campo, flor selvagem, Folhas verdes muito escuras Pétalas brancas intensamente perfumadas. Com tua brancura ornamentas a rebeldia da relva Teu caule é firme, esguio; És ao mesmo tempo delicada e forte Quem tenta te arrancar pela

TEUS MEDOS MEUS

Este poema não é novo, ele surgiu num momento de ruptura, de perda, de muita dor, mas marcou profundamente o momento em que comecei escrever poesias, anos atrás. Esse poema me ensina que quando se quer, a gente consegue transformar dor em arte e sofrimento em beleza . Estou ouvindo agora uma música que fala exatamente o que escrevi aqui, 5 anos atrás: o amor não tem medo! Postei  esse poema  aqui pois um amigo, perguntou noutro blog, o que nós fazemos com os nossos medos. Lembro que na época que o escrevi, alguns amigos me disseram que este poema os tinha ajudado a perceber algumas coisas sobre eles mesmos. Então aqui vai: Sabe do que tenho medo? Tenho medo que teu medo te domine, te enclausurando em decisões amargas, a ponto de não mais querer-me (se é que algum dia me quiseste) E, por medo, te afastes E eu, termine por não ter-te. Sabe do que tenho medo? Tenho medo que tu penses Que não precisas ser amado A ponto de rejeitares meu amor (se é que um dia o quise

Invadida

Lembrança do tempo bom gostoso de se lembrar ... a santa-ceia celebrada em família riso, comidas e falas muito riso! Lembrança do dia bom gostoso de se lembrar ... memórias saltitantes na mente qual criança cheia de energia muita saudade! As lembranças que atravessam minha mente interrompem minha seriedade num repente; sentam-se diante de mim como donas da situação e me contemplam satisfeitas quando o riso, trancado no ferido coração me surge espontâneo nos lábios qual flor desabrochando naturalmente no princípio da primavera... Ah, lembranças de um momento eterno gostoso de se lembrar... tiram minha atenção de um texto e me desconcentram completamente!

Pai-e-mãe

Supremo Artista que da alma cuida enquanto a vida afunda mas com a paz inunda pois o amor abunda Querido amigo cuja graça emana de uma fonte inesgotável de desejo alegre por minha felicidade imensurável Deus Supremo, que com linhas certas escreve tudo certo, endireita minha visão para eu deixar de ver torto e não tornar o espírito morto enquanto o Autor da Vida a tudo tem em suas mãos. Doce e querido Pai Saiba eu que teu cuidar paterno supera em muito meu amor materno. pois tão materna quanto minha maternidade é a tua paternidade. Tu também és pai-e-mãe pai solteiro, mãe solteira enquanto pai, se supera, enquanto mãe, ainda mais. À tua maternidade confio o filho que tu me deste cuida dele com teu mais perfeito, doador e incondicional amor de mãe!

Entranhas

Num só olhar meu mundo ruiu. Uma só palavra me destruiu As entranhas maternais Se contorceram em novas contrações como a parir o filho outra vez... não para o meu regaço não para o meu seio não para o meu abraço mas para o acaso para o ocaso para longe da minha vista para onde a saudade aperta tanto que  mesmo estando perto se me parece tão distante, inalcançável, inatingível e me corrói o peito com o entorpecimento de um delírio do qual eu quero acordar mas não consigo

Fôlego

Sabe... o pulmão espremido, o pranto retido, o sofrer percebido, o grito não emitido? Sabe... o amor rejeitado, o concentrar anulado, o sono alterado, o olho marejado, o respirar sufocado? Sabe... o corpo dolorido, o abraço não dado, o gemido contido, o beijo esperado, o suspiro emitido? Ontem corri, Corri até o pulmão doer! Mil metros me cortaram o respirar esfaqueando meu peito como lâminas cruéis. A tristeza cansa ... Tristeza cansa, Eu parei, olhei para o céu, A lágrima não veio, Mas eu ouvi o chafariz da praça... Estirei o corpo, Abrindo o ventre espremido Alonguei a alma Senti o coração partido e respirei todo ar que pude Um pouco ... expirei, Segunda vez... expirei, Três, quatro, cinco, E ele foi entrando, o Vento abrindo brechas entre os músculos do peito que contraídas me oprimiam o pulmão Ele veio, o Espírito, Como sopro divino me fazendo alma vivente de renovado coração ardente O sofrer curando O ar penetrando O respirar l

Endereço da dor

Que lugar é este entre o aperto e a libertação? Entre a angústia e o sossêgo? Entre a turbulência e a paz? Não sei o nome... Mas sei que sufoca o peito, Atravessa a garganta, Interrompe o suspiro, Atrapalha o respirar... Chega à traquéia com força de grito que quando não se torna liberto Se tranca na alma com cara de dor... dor... dor... Acho que é esse é o nome do lugar! Ainda bem que isso também passa.

Pensamentos que se desprendem, acidentalmente, quer dizer... nem sempre!

Esses dias eu e Claudio Carvalhaes tomamos um "chá" virtual. Adoro conversar com esse amigão, é muito raro, mas sempre muito divertido. Claudio é teólogo, PhD pela Columbia, especialista em liturgia, arte e performance. Tem um blog/portal lindo que está para entrar no ar, vou colocar o endereço aqui quando estiver pronto. Ele está nos EUA há bastante tempo, mais recentemente como professor de uma faculdade presbiteriana em Kentucky, e eu aqui no RJ. Se vc quiser um diálogo sobre arte e pós-modernidade na religião, esse é o cara! A gente conversa pouco, e se vê menos ainda (uma lástima para uma amizade como a nossa!), mas sempre que a gente conversa um rastro de coisa boa   fica por aqui na memória, estimulando novos textos, poesias e reflexões. Hoje resolvi transformar em texto um pedaço da conversa da semana passada, fragmentos do nosso digitar convulsivo no MSN. Quem sabe ajuda alguém! Então, desfrutem! Reflexos de mim no chá do meu amigo. É engraçada, essa

Sonho de águia

Sonho de Águia (Cidade do Panamá - 19/05/2008) Lília Dias Marianno Dentro de mim mora uma menina Sonhadora, romântica, alegre Vibrante como uma gérbera amarela Ela está lá no Panamá De costas para todos De frente para a pista de pouso e decolagem E se lembra que ela é uma águia Ignora as pessoas Ignora as novidades Ignora até o momento histórico de pisar um chão totalmente novo. Ela sente o impulso de voar como um pássaro forte Desses que voa lá no alto E que constrói seu ninho nos lugares absurdos No cume das montanhas Nas cristas dos penhascos Mas ela não sabe onde está seu ninho Sonolenta, ela adormece Esperando pelo avião que a levará Para um destino temporário Enquanto suas próprias asas não a levam Para o ninho solitário no cume das rochas Dividido apenas com seus filhotes e com seu amor. A menina sonha e dorme... Dorme e sonha... Sonha com a águia, seu par Linda e cortês, galante e fiel. Sonha em admirá-la e respeitá-la E por ela ser respeitada e admirada. A menina sonha e dorme

Mente insana no corpo são

Quando se completa quarenta anos, a vida muda de perspectiva. Dizem que os homens sentem que nasceram de novo. Se sentem meninos e pensam que são adolescentes de novo, hehehe As mulheres, por sua vez, entram na famosa "idade da loba" Essa idade é maravilhosa! Estou amando cada segundo dela. Mas o fato é que, quando cheguei aos 41, comecei a refletir sobre a velhice com uma curiosidade singular. Passei a me encantar ainda mais com a sabedoria do ancião e a me alegrar sobremaneira quando encontro estes velhinh@s bem vivid@s e bem resolvid@s que nos transmitem tanta lição de vida com um simples sorriso ou uma frase curta dita com muita precisão de conteúdo e de momento... Comecei a querer ser um deles. Dizem que depois dos 40 as mulheres não dizem mais que idade tem e que escondem de todas as formas possíveis  a visibilidade dos anos no seu corpo...  eu acho isso tão engraçado! É óbvio que eu gostaria de ter o corpinho dos 18 anos novamente, que mulher não gostaria? Essa vaidad